10 de novembro de 2010

Poesia? Quem aprecia!

O título poderia ser uma poesia. Mas, não é. A menos que você leitor a considere como poesia.
Numa sala de espera, havia um bonito livro de capa dura patrocinado por uma multinacional farmacêutica e que anunciava prêmios em concurso de poesia.
Inúmeras menções honrosas, mas em destaque os três primeiros lugares, que são publicados a seguir. Os leitores poderão se sentir motivados a também fazer poesia, ou pelo menos a ler poesias, principalmente pela recomendação em texto de abertura, de Jorge Amado.
"A solução dos problemas humanos terá que contar sempre com a literatura, a música, enfim com as artes. O homem necessita da beleza como necessita de pão e liberdade.
As artes existirão enquanto o homem existir sobre a face da terra.
A literatura será sempre uma arma do homem em sua caminhada pela terra, em sua busca de felicidade."

As poesias classificadas:

1º) Dolores (Lilian Santos Furtado - MG)
Às vezes
A dor
Não tem
Alívio
É só delírio

2º) Sem título (Wallace Antônio Silva Sttimizu - SP)
Tento escrever o amor com
uma caneta esferográfica,
mas, que ironia,
a tinta acabou e eu nem comecei.

3º) Mente (Carlos André Ibañez Nascimento - CE)
No poço,
pingam gotas.
Gotas que o preenchem
com um líquido
espesso,
negro
e denso.
Essas gotas lúgubres
são meus pensamentos.